segunda-feira, 18 de maio de 2009

BALI, Indonesia

Bali... Um fim de semana! Não é muito tempo numa ilha onde há muito para se fazer, explorar, fotografar e apreciar!

Separamos-nos do Rui e do Nuno no aeroporto... Anna, Xavi e eu tínhamos só que encontrar às 11 da noite um táxi que nos levasse à outra ponta da ilha... (2 horas de viagem)

Não foi difícil, bastou mostrar as notas cheias de zeros... O taxista era certamente o Schumacher da ilha.... A estrada de curvas e contra curvas montanha acima montanha abaixo.... Não sei o que foi pior se o susto a cada curva apertadinha se o estômago às voltas!

No dia seguinte viagem foi esquecida! Imenso sol, vista para o mar, o som das ondas a bater na areia com as árvores de Bali que deitam um cheiro óptimo... é impossível não acordar bem disposto!


Pelo menos o Xavi que irradia felicidade... E adora aparecer em TODAS as fotografias!


Visto do mar o Aditya Beach Resort! Bali é uma ilha vulcânica onde tudo é montanhoso e muito verde, esta praia é de areia preta e o mar com poucas ondas que ficam do outro lado da barreira de coral....


Foi num barquinho destes que seguimos (mas o nosso chamado Junior John)...
Com óculos ridículos e barbatanas fomos explorar o fundo do mar! Achei que me ia engasgar e engolir imensos pirolito.... Mas até nem correu mal (tirando que estava tão apertada que agora tenho uma nódoa negra no canto do olho esquerdo)...
Os corais são incríveis! Em tons de azul, verde e amerelo flourescente! Os peixes eram de todas as cores! Até as estrelas do mar eram de azul lápis de cor! Os peixes brincavam, comiam, escondiam-se no corais! Não dá para descrever a sensação! Parecíamos 3 crianças a chapinhar na água!

Anna, Xavi e senhor que nos conduzia e nos indicava onde estavam os peixes maiores e mais emocionantes!


O resto do dia foi passado na simpática companhia de uma excursão de velhinhos holandeses! Que fogem dos frios gelados da Europa e ficam umas temporadas por cá!




A piscina, com um bar pelo meio, a música (Bob Marley...), o som das ondas, o sol, um livro, um almoço.... um pequeno escaldão, claro está!

A praia fica para os mais corajosos! Não pela cor da areia mas porque assim que se põe o pé na areia somos atacados por estas feras que aparecem na fotografia e que nos tentam vender tudo quanto têm! Se têm coisas engraçadas nem sei! A felicidade deles é tanta por nos ver que acaba por nos assustar!


Fomos jantar à cidade! Haha! Cidade que é com quem diz povoação com 2 ou 3 ruas... bares, restaurantes, turistas e locais... Tudo muito pacifico! Depois de um jantar Balinês (arroz com peixe e marisco) fomos para a praia contar estrelas... Atrás de nós estava um bar "cozy" de música ao vivo que vale a pena a referência dada a qualidade musical dos artistas... Não só não sabiam as letras, como cantavam muito mal! Valha-lhes a boa disposição com que encaram o facto e divertem quem por lá passa!

Voltamos para o hotel caminhando pela praia! Esbarramos com casas de pescadores e com um curioso casino local, improvisado claro está! Mas com o mesmo ambiente ilícito! Homens juntavam-se em torno de um tabuleiro com números atirando notas para o número em que apostam! Noutro tabuleiro de madeira com os números desenhados muitas vezes atira-se uma espécie de bola de bilhar que fica a rolar uns minutos o que cria um suspense horrível! Foi surreal!



Domingo


De volta às curvas e contra curvas abandonamos a praia e avançamos para o meio da ilha! As paisagens são variadas! Os templos são tantos que é difícil escolher em qual entrar!
O nosso condutor, nem sei o nome...Não falava em inglês!
O guia escrito em dinamarquês... Bem o objectivo também passa muito por apreciar a paisagem e por quem nela passa:

Mercados vários... Lugares como este faziam-me lembrar Moçambique, as ruas poeirentas e as bancas e lojas que vendem todas a mesma coisa!







Este templo tem uma pequena história.... A senhora não nos queria deixar entrar se não lhe alugássemos um traje típico (um ceragon, basicamente uma canga que se enrola à cintura), apesar de estarmos tapadas dos pés à cabeça... Foi o condutor que nos salvou, mas nesse caso teríamos que pagar um bilhete de entrada!



Subimos e subimos vários lanços de escadas... e no último e para nosso espanto descobrimos um lugar EM OBRAS! Eles trabalhavam sentados, elas carregavam à cabeça a terra, os filhos brincavam todos sujos e as estátuas estavam amontoadas num cantinho protegidas por uma espécie de pano! O Xavi estava tão irritado que tornou todo o momento divertido! Apesar de termos sido enganadíssimos! Sacanas dos indonésios! Sempre cheios de sorrisinhos e de simpatia extrema e depois dá nisto!


No segundo templo já não caímos na brincadeira! Pelo preço do aluguer do tal pareo eu e a Anna compramos um novo e a cheirar a mofo numa banquinha mais a frente... Inventaram então que precisávamos de alugar outro mais fininho em sinal de respeito para amarrar à cintura! Os lenços passaram então do pescoço para a cintura e o Xavi amarrou uma camisola! Eles ficaram tão boquiabertos com a nossa lata que finalmente nos deixaram em paz! Até as crianças nos pararam de impingir uns postais amarelados e amarrotados!


Em Kintamani, ainda felizes sem saber que nos ficaríamos apenas pela contemplação do lago Batur que fica aos pés o vulcão! O guia recusou-se a ir até lá sem explicar porquê... Eram 11h da manhã e tínhamos o carro até às 8.30pm... Após as tentativas absolutamente frustradas de tentar comunicar e evitando usar linguagem corporal que fosse mal interpretada seguimos para Ubud!

Antes de chegar a Ubud paramos vimos os mais incríveis do vários arrozais espalhados pela ilha! Aqui já estamos a descer o vulcão, voltamos ao calor e o verde fica ainda mais verde! Incrível! Nos arrozais aqui e ali estão os trabalhadores, enterrados quase até à cintura... numa agricultura toda ela muito arcaica!

Em Ubud tudo é artístico! Ruas pequeninas cheias de lojinhas, restaurantes, bares e spas! Depois de um almoço miserável, seguimos para um café excelente que era de um dinamarquês que de uma grande simplicidade faz tudo! Desde ter comprado metade das lojas da rua onde estávamos, ter desenhado e decorado a casa (percebendo que até era bom naquilo e agora faz o mesmo para outras pessoas) ou mesmo abrir uma escola em Ubud para os filhos poderem estudar (agora a escola tem cerca de 100 crianças)! Abandonamos Ubud em grande depois de uma massagem balinesa! Hmmm!

Só nos faltava ver co o são afinal as badaladas praias de surfistas, festas, turistas e confusão! Foi onde escolhemos ver o por do sol e jantar! Na praia tocavam-se batuques, muita gente nos extensos areais de Seminyak! O ambiente era incrivel! Soube mesmo a férias de verão! Foi difícil voltar para o carro e pedir ao condutor para nos deixar no aeroporto!

Mais uns carimbos no passaporte e estou de volta a Singapura... Para a semana à mais! Tailândia... as Phi Phi Islands, desta vez!

No livro que estou a ler, Madame Bovary, a personagem sonhava em viajar... Compra um mapa de Paris e percorre as ruas com os dedos e sonha com os lugares sobre os quais leu! Eu tenho tido a sorte de viajar para lugares onde nunca sequer sonhei!!

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