Siem Reap, Cambodja

Siem Reap é a cidade que acolhe todos os que visitam as ruínas dos templos de Ankor.


A cidade é um misto de um lugar simpático e de uma pobreza extrema! Mas não houve momentos em que nos sentissemos ameaçados!

A influência francesa está presente nas baguettes e croissants do pequeno almoço, na quantidade de turistas que falam em francês, nas ruas e nos restaurantes etc!

Ankor é um lugar único no mundo! Confesso que ao imaginar dois dias a explorar templos corria o risco de me fartar.... Mas não!

Cada templo é um templo, a cor das pedras, o musgo, o céu, as àrvores que se derretem nas pedras, os sons dos animais, o verde da floresta, as pessoas sorridentes, o tuk tuk, a bicicleta, o pôr-do-sol, o nascer do sol, as esculturas, os arrozais, o horizonte, o vento na cara, o calor! A grandiosidade do lugar que nos faz sonhar... é um daqueles lugares onde as palavras ou as fotografias não sabem exprimir o que olhos vêm... É um lugar para contemplar e saborear! É um lugar onde apetece fotografar tudo!
É um dos lugares que visitei que mais gostei!

SObre o Cambodia posso dizer que:

A comida é deliciosa! O curry e o ankor fish ficaram entre as especialidades Kmher que mais gostei! A acompanhar geralmente um fresh juice! Muito espesso, com muita fruta sem gelo e sem açucar! (eles adoram exagerar no açucar... o café por exemplo consiste numa água preto-acastanhada com leite condensado e açucar! blerrrk)

os miudos têm uma capacidade de vender e mendigar que não é para qulquer um! Uma miuda contava até 10 (vende 10 postais por um dólar) em inglês, francês, português, espanhol, russo, khmer etc..., outra especializava-se em saber o número da página em que o lonely planet decreve o templo e sabia de cor o texto! (mal podiamos acreditar que uma miuda assim pequenina, magrinha e com um sorriso matreiro dissesse 172 enquanto folheavamos o guia! Nao e que era a pagina do templo). Outros gritam vendo tudo por um dólar só para chamar a atenção porque quando o pateta do turista se aproxima já não é bem assim... em geral todos perguntam o nome e o país, e decoram... mesmo quando dizemos que NO respondem "maybe later... i'll remember you... you buy me... i talked to you first"... Mal saimos do templo já ouvia "terissa... i remember you! you need cold water.. no problem i get you one!"

Tudo custa no mínimo 1 dólar! Tudo é caro porque tudo se paga em US dólares...enquanto circula paralelamente uma moeda nacional que vale muitissimo menos!

Relatando a viagem...

Quinta feira... 6am... era o voo! Sair de casa às 4 quando se chegou a casa às 3.15 foi difícil! Mas confesso que estava entusiasmada e teria umas horitas de sono no avião para me repôr!

Já dentro do avião o check-in, o número de passageiros, a lista... Não percebi bem... Qualquer coisa falhou! Tanto melhor! Foi mais uma hora a dormir profundamente numa daquelas posições mesmo incómodas de avião!

A chegada! A quantidade de papeis a preencher para se entrar no Cambodja relembra que saimos de uma era muito informatizada para uma realidade bem mais atrás!

O tuk tuk e o pó! Finalmente o hotel... Um bed& breakfast "gay friendly" chamado Golden Banana (escolha do Xavi recomendado por uns amigos espanhois... gays). O que é certo é que o gays têm muito bom gosto e acabamos num lugar bem agradável.

Depois de um douche para restablecer partimos para um passeio de barco que nos levaria ao lago Tonle Sap... O barco vai sem pressas pelo rio até chegar ao lago... No lago vive toda uma comunidade pobre, muito pobre! As pessoas vivem em barcos ancorados a uns paus e variam o lugar onde estão consoante as épocas de cheias ou não, também em versão barco existe uma escola, uma igreja, um campo de basquet, um museu para turista ver com uma loja! As pessoas seguem a sua vida, um menino faz xi-xi à porta de casa para o lago, numa plataforma flutuante plantam-se couves, nas redes as pessoas dormem baloiçando-se, as crianças entram e saiem da água, os pescadores dizem adeus... O nosso guia vai comentando! É muito simpático.. também ele frequenta a escola flutuante onde aprende inglês e matemática com mais outros 16 alunos... O orfanato (flutuante) acolhem 100 crianças que gritam, saltam e cantam quando se aproxima um barco com turistas (a maioria para por lá para distribuir rebuçados ou canetas)!

Precisamos de uma sesta para uma volta pela cidade e uma ida ao night market!

Sexta-feira de manha saimos para os templos pela manhã! Eram 8 e já fazia um calor insuportável! Num tuk tuk conduzido pelo Kim xhgphnht (qualquer coisa indecifrável) "Can I call you Kim?" "Yes lady!" Então pronto fica Kim e não compliquemos!
O Kim levou-nos aos templos mais longinquos a 14 km de Siem Reap... A viagem é espetacular! Passa-se por aldeias! Casas construidas em estacas altas prevenindo as cheias... As pessoas vivem à beira da estrada, em redes ou em camas de madeira, esperam por quem passa, esperam que o sol acorde e se volte a deitar! Muito ao estilo de Moçambique! Muita pobreza mas muitos sorrisos.. as crianças dizem adeus a quem passa e brincam com creativos brinquedos! Alguns adultos trabalham nos campos de arroz às vezes ajudados por búfalos! As cores de tudo e todos são um misto de dificuldade e alegria!

Os templos.... O primeiro todo ele muito "craved" é a croa de Ankor... estava cheio de turistas não nos fascinou! O segundo isolado, abandonado pelos turistas trouxe aquele ar místico finalmente! A partir dai tudo melhorou!

Voltamos à cidade para ir buscar a nossa flatmate acabada de aterrar! E assim a Tatiana juntou-se ao Xavi e a mim! O que deu uma nova animação ao grupo!

Mais templos e um final para esperar o pôr do sol! A nós juntaram-se 2 ingleses amigos da Tatiana que viajam pela Ásia 3 meses antes de irem viver para Singapura! Ao nosso lado uma família de Australianos com 2 filhas de 5 e 7 anos animaram o nosso pôr do sol! As miudas estavam mesmo contentes! Reparavam nas caras desenhadas nos templo! Chamavam a Mãe para fotografar aquele detalhe! Foi um bom conbibio!

Jantámos os 5 (Xavi, eu, Tatiana, Lona e Richard) num food court local! Voltamos ao night market, fizemos uma massagem aos pés cansados e dormimos que nem gente grande!

Sábado! Eram 4 da manhã já o meu depertador gania! Eu e o Xavi tivemos a ideia brilhante de ir ver o nascer do sol a Ankor Wat! Mas para lá chegar não voltariamos ao tuk tuk mas iriamos de bicicleta! Foram 8 km feitos na frescura da manhã! Tomamos o pequeno almoço enquanto o céu se enchia de tonde cor de laranja atrás do famoso templo Ankor Wat onde foi fimlado "Tomb Rider"... Este dia foi único! Os templos era cada um mais surpreendente que o outro! A bicicleta! Às tantas o Xavi cansou-se! Fiquei sozinha! Soube bem! Escolhi o meu ritmo e ganhei uma liberdade que ajudou ao dia ser tão perfeito!

Quando voltei para casa coberta de pó e cansaso decidi perder-me! Pelas ruas de Siem Reap de terra batida e sem nome lá andava eu para trás e para a frente para grande felicidade dos locais que riam da branca na bicicleta em pânico com o trânsito caótico! (Parece que decidir ir ao Cambodja sem seguro é muitissimo arriscado, o serviço é caro e qualquer coisa grave é reencaminhada para Bangkok... pagar as viagens e os médicos não sai barato! Decididamente não é o lugar onde queremos ficar debaixo de uma mota! E decididamente é o lugar onde não há regras de trânsito)!
Decidi pedir ajuda.... Pôs-se tudo à minha volta a querer ajudar! Lá encontrei o hotel! Banho looongo, jantar animado!

O despertador voltou a tocar muito cedo! O avião era as 7 da manha! Que hora! Lá nos despedimos das ruas poeirentas de trânsito caótico conduzidos novamente pelo Kim! Novo atraso no vôo... desta vez faltavam 3 passageiros... paragem em Phom Phean... Aterragem em Singapura!



Este post é gigantesco... mas foi a viagem que aqui fiz que mais gostei! Perdi-me a tentar explicar porquê!