segunda-feira, 23 de março de 2009

Orgulhosamente portuguesa... Incrivelmente nostalgica!

É quando estamos longe da terrinha que damos valor a Portugal e ao que somos... (muitas vezes até acabamos por defender exageradamente o nosso país)... Mas acho que tenho aqui um bom exemplo das vantagens de ser português sem ser exagerada...

Sexta fui à tal prova de vinhos... Era uma apresentação da Herdade do Esporão organizada pelos seus representantes cá (casal Saba) e apoiados pelo AICEP.
Do escritório do Restelo vieram 2 senior area managers representar a Herdade do Esporão falar do vinho e das uvas portuguesas...
A apresentação foi marcada para as 15h tinha, eram 15h30 e estavam apenas duas convidadas... isto numa terra de gente pontual!
O que faz o tuga?Não se atrapalha e "desenrasca"! Finge que não há problema, que está tudo sob controlo e improvisa! Põe o power point de lado, abre a garrafa de vinho, conversa, diverte e entretém! A sala que chegou a ter ambiente de funeral com todos a falarem muito baixinho acabou num divertido convívio de amigos! Pelo menos a simpatia, boa disposição e boa educação da "equipa Esporão" pareceu impressionar as convidadas e assim pode ser que se escrevam boas coisas sobre Portugal!
Entretanto às 2 convidadas presentes do Strait Times, juntaram-se outras jornalistas do Time Out... às quais me juntei como convidada para fazer a prova... Aprendemos a bochechar (oxidar o vinho na boca), a cuspir, a distinguir os vários copos de vinho com joguinhos e a fazer um matching de canapés com os diferentes vinhos! No fim a habitual troca de cartões e a promessa de uma jantarada num restaurante tailandês....

Quanto à Herdade do Esporão o melhor ficou para o fim e no Sábado foi preparado um jantar para uma comunidade requintada longe dos jornalistas... Local, o British Club de Singapura que isolado da cidade requer uma segurança intimidante para entrar.
O jantar era pago mas o preço mais que compensou a qualidade! Ás 8h foi marcado o jantar, ás 8h começou... 1 prato de peixe, um prato de porco, um prato de borrego que se derretia, e um bife mal passado. Cada prato condizia com os vinhos, não só a carne e o peixe mas igualmente os acompanhamentos com que foram servidos! Todo o jantar foi preparado para os vinhos e o sucesso reflectiu-se no numero de encomendas que a senhora Saba terá que distribuir toda a semana!
Para acabar em grande foi servido um prato de queijos com um óptimo vinho do Porto. E como a vida é feita de pequenos pormenores também este não foi esquecido..fado cantado pela Amália Rodrigues tocou toda a noite como música de fundo.

Na nossa mesa os 3 contacteanos e o Hugo que anda pela Ásia à uns anos, já só pensa em reformar-se e ficar-se por Bali, vá-se la saber se as javanesas não terão nada a ver com o assunto! De qualquer maneira deu-nos imensas dicas de coisas a fazer na Indonésia...
E como bons portugueses o convívio não se ficou pelo jantar! Seguimos para o posh supper club onde acabamos por conhecer umas tailandesas, uns australianos e um singaporean dono de um restaurante que iremos experimentar hoje!

E porque a semana a semana é curta o fim de semana é para aproveitar!
Depois de uma noite de sexta que misturou 2 portugueses, uma russa num jantar mexicano e bailarico no Mimolete numa festa que a Tatiana se esqueceu de referir que era para modelos... e que entre romenos, brasileiros e dinamarqueses conseguimos o estatuto de anões!!!!
E depois da noitada de Sábado decidi fazer-me de útil no Domingo!

Dei a volta à cidade a pé, e evitando os transportes andei sozinha pela cidade até cair para o lado! Comecei a morrer nos altos e baixos do impressionante Fort Canning Park debaixo de sol quentissiomo e ameaçada por umas formigas que me picavam os pés!

Segui para a Chinatown onde visitei o Heritage Center que de tão bem feito que está eu a andar por lá sozinha confesso que já estava a ficar com medo... É muito pequeno mas muito bem feito... Cada parte do quotidiano destes emigrantes tem um réplica... seja os minúsculos e mal iluminados quartos, os mercados, uma sala de uma sociedade chinesa (onde se reunia a máfia e se fumava o ópio) etc.. O ambiente soturno deixa trabalhar a imaginação... sobretudo a minha!
Acabei por não entrar nos templos mas visitei cada lojinha... Esta chinatown comparada com a de KL é muitíssimo civilizada, limpa e tranquila! Esperava mais confusão e mais porcarias chinesas... afinal cada pulseira era feita de uma pedra qualquer e não custava menos de 5€... e o meu poder de regatear pouco servia!
Mas foi um bom passeio e acabou num jantar de dumplings com um casal de backpackers ingleses... A senhora do restaurante que não falava senão por gestos juntou-nos na mesma mesa e quase se recusou a servir-nos dumplings (que são comida para acompanhar chá e para se comer até ao meio dia)... Despedidas, eles para o hostel e eu a pé para casa...




Quando cai na cama nem acreditei! Também não acreditei quando tocou o despertador! Segundas são sempre taaaaaaaaaao difíceis!

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