Supermercado(s)

Quando se visita um país deve-se visitar igualmente o supermercado… Até pode parecer que não mas diz-nos imenso sobre a cultura local, aprende-se e vê-se sempre coisas engraçadas!

Por exemplo, em Delhi andava a mãe e eu feitas tontas à procura de curry (caril) em pacotinhos para levar para casa e nada! Afinal curry quer dizer molho que cada um faz como entender, bastando escolher as quantidades das inúmeras especiarias disponíveis!

Já em Edimburgo ir ao supermercado significa fazer uma escolha inteligente, já que lá se podem comprar os produtos locais como bolachinhas escocesas, pasta de menta e haggis que as lojas de turistas do lado vendem ao triplo do preço.

No Brasil bem que procurava evax fina e segura que só encontrava toalhetes do tempo das avós! (lamento o exemplo mas pretendo apenas exemplificar como um supermercado afecta o dia-a-dia).

Em Budapeste, o nada-a-ver-com-nada que é o húngaro leva-nos a tirar da prateleira umas bolachas que tanto podiam ser doces como salgadas ou um fiambre que tanto podia ser de porco, de peru, ou mesmo presunto! Na china tudo em chinês! Deve ser de perder a cabeça!!

Em Singapura só não sei o que está onde! Acabo por perder horas à procura do açúcar ou do azeite que estão sempre escondidos em lugares improváveis! Isto para não falar do tempo dispendido a vasculhar as prateleiras cheias de produtos, no mínimo estranhos, que obrigam uma atenção especial!
Também se perdem horas a tentar fazer escolhas difíceis de coisas, que à partida, parecem simples… Como escolher detergente ou mesmo o molho de soja! Não é que existem milhares de qualidade de molho de soja? Temos doce, Premium, light, líquido, mais negro, menos, japonês, em garrafa de plástico, em garrafa de vidro, para comer quente para comer frio, caro, barato, assim assim! Onde será que meteram os “soya souce” normais? Aquele que se come nos chineses e que sujam tudo!?!
É engraçado verificar que a moda do “sugar free”, “rico em fibras”, “rico em ómega 3” apesar de existir nalgumas marcas ainda não está muito enraizada… Pudera elas são todas magrinhas! Os que querem emagrecer têm que se inscrever em prometedoras clínicas ou programas miraculosos que se vão anunciado pela cidade!
Outra coisa engraçada é que apesar de ir ao Carrefour que até é familiar aqui passa a ser toda uma experiência…. Encontram-se coisas inimagináveis… O que reflecte a multi-culturalidade de Singapura! Terra onde se cruzam tantas nacionalidades e onde mesmo os que vêm de Singapura são ou chineses, ou malaios etc… Por isso no Carrefour tão depressa esbarramos em massa para croissants, o molho menta inglês ou o pesto italiano, como vegetais com aspecto assustador, ou um corredor cheio de coisas japonesas, ou bolachas que nem se sabe do que são porque só têm “instruções” em chinês, bolachas de manteiga, bolachas de gengibre, “café 3 em 1, delicia da Malásia”, sushi, creme nivea, chocapics com nome estranho, brie, halls de chá verde, dumplings congelados…
Só faltam mesmo as minhas pastilhas elásticas! Q lei mais idiota proibir as pastilhas! Será que é porque os chineses não as sabem comer sem as cuspir para o chão? Mas também quem não teve uma pastilha colada no sapato e não teve que a tirar embaraçosamente com um pauzinho?? Faz parte dos tesourinhos deprimentes que cada um tem para contar!

Mas o pior de ir ao supermercado é que só depois de pagar e ter tudo dentro dos sacos de plástico é que me lembro que me esqueci de metade! Desta vez foram as cebolas e o pão… Facilitava se fosse uma daquelas pessoas super organizadas que fazem uma lista de compras…
Em compensação trago sempre uma pilha de coisas (inúteis ou terríveis) para experimentar!

Resumindo vou ter que fazer novamente kms para ir ao supermercado… Quem sabe para a próxima não vou a um verdadeiro supermercado chinês e não me perca mais um bocado!